quinta-feira, 28 de outubro de 2010

E quem disse que ia ser fácil?


Quais são os pré-requisitos para dar aos filhos uma boa educação? 1) Querer fazer. 2) Saber o que está fazendo. 3) Entender que dá trabalho. 4) Estar ciente que o resultado não dependerá apenas do que os pais estão fazendo. Parece simples, enumerado assim de 1 a 4 – nossa, só quatro passos! –, mas vocês sabem que os desafios são gigantescos e que não são poucas as vezes que a vontade de desistir aparece.

Filhos Difíceis de Educar, lançado recentemente pela Editora WMFMartinsFontes, vai fazer você pensar. Primeiro porque em linguagem acessível e direta passa por diversas situações para abordar os tantos dilemas que educar um filho pode trazer. Depois, porque há casos relatados de fazer qualquer pai e mãe estremecer. Guardadas as devidas proporções, o espanhol Emilio Pinto, terapeuta e especialista em transtornos de comportamento, ex-presidente da Fundación Internacional O’Belén (que ajuda na formação de menores em situação de desamparo social, na Espanha) dá dicas que vão encher você de ferramentas e de vontade de tentar sempre mais. Afinal, o futuro do seu filho está em suas mãos.

De início ele já avisa: “Depois de minha experiência de mais de 15 anos com crianças e com famílias e após a leitura de inúmeros estudos sobre psicologia, genética e ambiente social, cheguei à conclusão de que os filhos são imprevisíveis: uns são difíceis e outros não. Não se sabe quanto pode ser atribuído à genética e quanto é decorrente do ambiente social. Mas está demonstrado que, se nutrirmos consideravelmente sua inteligência, eles poderão mudar. Essa mudança depende sobretudo da educação que vão receber”. A seguir, trechos do livro para você degustar e partir para a reflexão. E já.

Demonstrar amor

Nenhuma criança do mundo deveria ir para a escola ou para a cama sem dar um beijo em seu pai e em sua mãe (e por que não no resto da família?). Toda criança deveria ter alguém para assoprar sua ferida quando se machuca, abraçá-la quando chega em casa e beijá-la quando está deitada. E quando são adolescentes é preciso continuar com as abraços, mesmo que já não queiram nos dar beijos.

Saber esperar

Precisamos ensinar nossos filhos a esperar. Se não os ensinarmos a esperar sua vez, vão furar a fila. Se não os ensinarmos a ter paciência, não serão pacientes nem com eles mesmos nem com os outros.

Muitas crianças interrompem a conversa dos mais velhos sem que ninguém tenha pedido sua opinião e há pais que dizem: “É que ele tem déficit de atenção com hiperatividade”. É difícil acreditar que alguém defina com essas palavras uma criança mal-educada. Obviamente há crianças hiperativas e com déficit de atenção, mas também nesses casos elas devem ser ensinadas, e ainda com mais afinco, que precisam saber esperar. É necessário ensiná-los desde bem pequenos a esperar que o pai termine de falar ao telefone ou conclua a leitura de um capítulo de um livro para depois brincar com ele. Aprender a esperar tem muito a ver com aprender a escutar, com controlar nossos instintos e até com saber aceitar o fracasso como parte da aprendizagem.

Pelo direito de ficar triste

As crianças têm o direito de ficar aborrecidas com os pais. Isso faz parte do processo educativo. Toda criança precisa de um adulto amorosamente firme ao seu lado.

Um comentário:

Fabi disse...

Nossa é uma tarefa mto mto dificil, e qto mais eles crescem mais complica... adorei a indicação do livro!

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails