quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Filhos, ciúme e atenção: é difícil tratar as crianças da mesma forma.


Verdade ou não, as crianças vivem se queixando que os pais dão mais atenção para seus irmãos do que para elas. E, de fato, isso pode acontecer. Como cada filho tem necessidades específicas, é realmente muito difícil tratá-los da mesma forma.
Para não gerar brigas e crises de ciúme, a saída é ser sincero e mostrar que cada um à sua maneira recebe a atenção e o carinho dos pais. O mesmo vale para brinquedos, roupas e presentes: não é porque um filho precisa de um tênis novo que o irmão tem que ganhar seu par.
“Quem têm que ponderar o que cada um precisa são os pais, mas cabe a eles proporcionarem a todos as mesmas condições”, diz Sandra Leal Calais, psicóloga da Unesp (SP).
Fonte: Revista Crescer

Ao invés da mãe dramatizar ou impor um tom de tragédia na situação, ela deveria colocar palavras nesse sentimento e, consequentemente, humanizar a relação. A raiva nunca resolve nada. Por significar tanto, sofrer o ciúme deveria despertar a compaixão e o amor por parte da mãe.

É fundamental que os pais saibam que a melhor forma de se fazer amar e respeitar é pela palavra e não apenas com beijos e carinhos. Encorajando e colocando em evidência as qualidades da criança, assinalando as diferenças entre ela e as outras, ajudando-a a se identificar com ela mesma e não com outra pessoa.

Se traduzirmos este sofrimento através das palavras e acompanharmos as crianças nessa empreitada, elas não precisarão mais gritar sua fúria. Serão ouvidas e acolhidas e poderão levar essa experiência para sua vida futura.

Se falamos em educar crianças, pensamos a longo prazo. Para que uma criança possa estar alegre, sua casa deve ser alegre. Afinal, uma família é concebida em nome de um desejo de se viver feliz em uma casa onde seus membros compartilhem da alegria de estarem juntos. Do contrário, não vale a pena. Crianças ciumentas geralmente estão entediadas com uma vida empobrecida para sua idade, sem dispor de atividades interessantes ao seu redor. Preferem até uma confusão com o irmão ao nada, à mesmice.

A criança se aborrece quando não faz nada de interessante. Quando uma criança passa seu tempo disputando um "lugar ao sol" dentro da família, ela já não desfruta da alegria de conviver, pois está mais preocupada em ganhar a competição.

Mas nem tudo está perdido. A água, por exemplo, é sempre uma grande aliada contra a agressividade contida que não encontra meios de expressão. Que coloquem essa criança na banheira e a deixem se divertir. Uma criança real grita, faz bagunça, se suja, ela está viva.

O importante é entender o que se passa com a mãe quando a criança demonstra simplesmente ser sensível e estar viva, pois pior do que irmãos que brigam enciumados uns dos outros, são mães que arrancam os cabelos por causa deles. Seria mais produtivo se conseguissem transformar a cólera em divertimento, a tragédia em humor, a experiência em aprendizado. Para todos.

Se o ciúme tem origem na relação com os pais, eles podem ajudar muito procurando neles mesmos a solução. Um ser humano racional sente, pensa e fala. Um animal primitivo urra e se debate com ira na luta pelo amor da mãe. Um amor idealizado repleto de fantasias que nada tem a ver com a realidade. Vamos conversar com nossas crianças, vamos ajudá-las a crescerem.

Eu fui a criança/adolescente ciumenta da familia, com alguns meses de vida minha mãe parou de me amamentar porque estava grávida do meu irmão. Eu deixei de ser o bebê da mamãe para ser a Irmã mais velha. Meus pais me ensinaram que era feio sentir aquilo.

O Gui nasceu e se tornou o grande amor da minha e nossas vidas, ele era lindo, loiro de olhos azuis, inteligente, esperto, curioso e sapeca. Chamava atenção até dormindo. Ele era lindo!

Foi nele que eles depositaram os principais sonhos. Até hoje ele é lindo, porém super protegido pelos meus pais, inseguro e dependente. Eu me tornei uma mulher independente, realizada e segura.

E na sua familia como foi?

2 comentários:

Unknown disse...

CONVITE!


Vc é minha convidada ESPECIAL na festinha do meu blog!!!

Fernanda Moura disse...

Lindo texto Kely ..tudo mto verdade..
A minha Isa é um exemplo..desde o inicio da gravidez do Bruno ela participou de tudo..
hj eu estava observando os dois, ela falava com ele o chamando de "meu amor" e ele respondia com sorrisos..

beijoss pra vc e p AnaLu

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