quarta-feira, 17 de março de 2010

"Depois da tempestade vem a bonanza."

Essa semana...


 AnaLu começou com um choro inesperado na escola, moleza, febre. Levei no médico e era a tal VIROSE, saco viu? E foi assim por 10 dias, eu estava uma pilha, dá p/ imaginar?
Ela não queria mais ir a escola e nem a lugar algum, um grude! Achei que fosse uma crise de adaptação, procurei ajuda, gastei toda a minha psicologia, passei dias em claro. Ela não quis ir na festa da amiguinha da frente e nem quis ficar no balé, assustador.

Mas... como diz o ditado: "Depois da tempestade vem a bonanza." Segunda ela acordou tão BEMMM!! Quando chegamos na sala de aula ela me abraçou, resmungou e disse que eu tinha que ficar com ela um tempão, eu expliquei que precisava sair que voltaria para busca-la. Foi demais, ela deu os bracinhos p/ a Prof e foi... quando eu sai do corredor a mãe do coleguinha disse que ela já estava brincando. UFAAA!

No outro dia, desceu do meu colo e foi cantar com a Prof na rodinha, ounnnnnn. Pensa numa mãe orgulhosa!

Dicas p/ as mamães de cça com dificuldade de adaptação:
Entrevista: Wilma Moraes - coordenadora pedagógica
- COMO A FAMÍLIA PODE AJUDAR A CRIANÇA A PASSAR PELA ADAPTAÇÃO ESCOLAR?
Diminuindo o nível de ansiedade da criança, conversando com ela, falando sobre a escola e sobre as situações que podem acontecer nessa nova rotina. Os pais podem acalmar a criança, estimulando-a com comentários do tipo: “você vai ter muitos amiguinhos”, “vai poder brincar”; além de incentivá-la fazendo comentários positivos sobre a professora e a hora do lanche.
- QUANTO TEMPO A CRIANÇA DEVE E/OU PODE SER ACOMPANHADA POR FAMILIARES OU RESPONSÁVEIS NA ESCOLA?
Esse é um processo bem particular de cada criança. Para aquelas mais autônomas e com maior facilidade de sociabilização, a adaptação ocorre sem problemas. O recomendável é que esse acompanhamento da família ou babá junto a criança, se dê com uma presença mais prolongada na primeira semana de aula. A partir da segunda semana de aula, os pais e/ou responsáveis devem ir diminuindo o tempo de permanência na sala de aula, mas sempre tendo o cuidado de informar a criança de que estarão presentes na escola. É importante que ela saiba que está num ambiente onde pode se sentir segura e protegida e que o acompanhante está por perto.
Se o adulto precisar sair da escola, deve comunicar a criança dizendo que vai voltar, pois dessa forma ela não se sentirá abandonada. Nunca esquecendo que a fase de adaptação respeita o tempo de cada criança e que as recaídas e choros são naturais nesse início de ano letivo.
- LEVAR BRINQUEDOS E OBJETOS DE USO PESSOAL DA CRIANÇA PARA A ESCOLA AJUDAM A DIMINUIR AS SAUDADES DE CASA?
Nessa fase de adaptação sim. Desde que a família não exagere mandando coisas demais para a escola. Um brinquedo ou objeto especial para a criança pode sim servir como referência para que ela compreenda que nem tudo neste novo ambiente é estranho. Esse é um recurso que pode proporcionar aos pequenos a sensação de “porto seguro”.
- COMO SABER SE O CHORO É MANHA OU SE A CRIANÇA ESTÁ REALMENTE ENFRENTANDO DIFICULDADES PARA SE ADAPTAR AO NOVO AMBIENTE?
A família pode ajudar bastante informando a professora como essa criança funciona, já que no início do ano letivo alunos e professores ainda não se conhecem e tudo é novidade. A criança é quem vai dizer muito sobre sua personalidade. Depois, no convívio diário, essa educadora terá que observar os comportamentos dessa criança para aprender a identificar a natureza de seu choro. Especialmente durante a fase de adaptação, a família é que estará sinalizando essas mudanças de comportamento. O choro é natural, mas os pais devem ficar atentos as reações de seus filhos, dando-lhes apoio e conforto nesse período de tantas mudanças.
-  DICAS SOBRE OS COMPORTAMENTOS QUE OS PAIS COSTUMAM TER E QUE DEVEM SER EVITADOS PARA NÃO ATRAPALHAR A CRIANÇA NA FASE DE ADAPTAÇÃO ESCOLAR?
- Sair da sala de aula ou do ambiente da escola sem uma despedida prévia.
- Comparar a criança a outro coleguinha que está apresentando uma adaptação mais tranquila.
- Querer trazer toda a rotina de casa para a escola, como por exemplo: conversar com a professora na frente da criança dizendo tudo o que ela gosta e não gosta, o que come e não come, se ela é tímida… enfim, fazer comentários que impeçam a professora de construir e trabalhar junto com a criança a adaptação dela aos novos momentos compartilhados no ambiente escolar.
WILMA MARIA DOS SANTOS MORAES é coordenadora pedagógica da Educação Infantil

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